A aliança vai permitir aos partidos que formam este super bloco a preferência para escolher seis dos sete cargos que formam a Mesa Diretora. Este critério está previsto no regimento interno da Câmara, mas exige a elaboração de um documento assinado por todos os signatários um dia antes da votação e antes do prazo para a inscrição dos candidatos que disputarão cada uma das vagas. Com isto, partidos que estiverem fora da aliança só terão direito a indicar candidato à vaga de titular que sobrar para a Mesa Diretora.
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A aliança em torno da candidatura de Rodrigo Maia vai impedir que legendas não representadas no blocão tenham nomes na Mesa Diretora em caso de reeleição do atual presidente da Casa. É a situação do PTB, que lançou o líder Jovair Arantes, e do PDT, que indicou André Figueiredo (CE), à presidência da Câmara.
Com 68 deputados, o PT não lançou candidato à presidência da Câmara. Mas o partido reivindica a ocupação dos cargos da Mesa Diretora pela proporcionalidade de cada bancada. Por este critério, os petistas teriam direito a escolher em segundo lugar o cargo que gostaria de ocupar. Mas a formação do bloco em torno de Rodrigo Maia só deixará para a legenda a última e única vaga destinada às siglas que estiverem fora do blocão.
Blocão
O blocão vai aglutinar o PMDB – a maior bancada, com 65 deputados –, que deve ficar com a primeira vice-presidência, PSDB com 48 parlamentares, PR com 39, e até o PSD, que abandonou o seu candidato informal, Rogério Rosso (DF), para aderir à campanha de Maia. A aliança envolve o PSB, com 35 deputados, o PRB que tem 22, e partidos menores como o PPS e o PHS.
Para atrair partidos que até dezembro faziam parte do Centrão, grupo formado por 12 legendas médias e criado sob a liderança do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cassado por quebra de decoro e hoje preso em Curitiba na Operação Lava Jato, Rodrigo Maia ofereceu ao Partido da República a primeira secretaria. O cargo é o mais poderoso da Casa do ponto de vista administrativo.
O posto é uma espécie de prefeitura que cuida do funcionamento da estrutura física e executa um orçamento de R$ 6 bilhões por ano, inclusive a gerência da folha de pagamento dos servidores e dos próprios deputados. O cargo hoje ocupado pelo deputado Beto Mansur (PR-SP) foi oferecido ao deputado Fernando Giacobo (PR-PR).