O risco-país atingiu na última sexta-feira o nível mais baixo da história. Por causa do anúncio feito pelo governo federal de antecipar a recompra de títulos da dívida externa, ele fechou a 230 pontos, tendo chegado a 226. Uma queda de 10,2% em relação ao dia anterior.
A antecipação da recompra dos papéis tem como objetivo aproveitar a baixa cotação do dólar, o que permite ao Tesouro Nacional e ao Banco Central resgatar a dívida brasileira em condições mais favoráveis. Ou seja: o governo paga menos para quitar seus débitos no exterior. A moeda norte-americana, que chegou a ser negociada ontem por R$ 2,15 (cotação mais baixa desde abril de 2001), fechou a R$ 2,165.
O risco-país mede a capacidade de solvência de um Estado-nação, isto é, a capacidade que ele tem de honrar seus compromissos externos. Ele é medido com base na cotação dos títulos da dívida externa.
O anúncio da antecipação de recompra contribuiu para reduzir o risco-país porque aumentou a procura por títulos da dívida brasileira: muitos investidores se interessaram em adquiri-los para revendê-los ao governo. No final do governo Fernando Henrique, o risco-país alcançou seu patamar máximo, atingindo 2.436 pontos em setembro de 2002.
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O presidente Lula comemorou ontem o resultado: "Eu atribuo (o resultado) à seriedade com que nós administramos a economia brasileira. Desde o começo eu tenho dito para todo mundo que não há milagre em política econômica, há seriedade".
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