Neste sábado, um grupo de manifestantes com camisas que formavam a frase “Fora Temer” foi expulso do Mineirão, em Belo Horizonte, durante partida entre França e Estados Unidos. No mesmo dia, no Rio de Janeiro, um torcedor foi retirado do Sambódromo, onde acontecia a final da competição de tiro com arco. Segundo os agentes de segurança, o homem teria gritado “Fora Temer” – fato negado pelo torcedor. Ele levava um cartaz contra o presidente interino na mochila e chegou a exibi-lo, mas logo o guardou ao ser alertado sobre a proibição pelos agentes.
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De acordo com o Comitê Olímpico Rio-2016, “a proibição trata de itens de cunho político, religioso ou outros temas que possam ser utilizados para causar ofensa ou incitar discórdia”. A organização afirma que as regras estão de acordo com a lei 13.248/2016, que dispõe sobre as medidas relativas aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. O artigo 28 da norma proíbe “cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, de caráter racista ou xenófobo ou que estimulem outras formas de discriminação”, além da utilização de bandeiras “para outros fins que não o da manifestação festiva e amigável”.
Em caso de descumprimento a lei estabelece: “O não cumprimento de condição estabelecida neste artigo implicará a impossibilidade de ingresso da pessoa no local oficial ou o seu afastamento imediato do recinto, sem prejuízo de outras sanções administrativas, civis ou penais”. No entanto, o mesmo item garante “o direito constitucional ao livre exercício de manifestação e à plena liberdade de expressão em defesa da dignidade da pessoa humana”.
Manifestantes também aproveitaram gravações de entrevistas ao vivo de redes de televisão para mandar o seu recado e protestar contra o peemedebista, segurando cartazes atrás dos entrevistados ou até mesmo interrompendo a conversa.
A produtora Paula Lavigne publicou uma foto em seu perfil no Facebook do marido, o cantor Caetano Veloso, segurando um cartaz escrito “Fora Temer” pouco antes de subir ao palco na cerimônia de abertura da Olimpíada – que teve o protocolo quebrado, ao não anunciar o nome do presidente em exercício.
O ex-jogador argentino Diego Maradona também se pronunciou sobre a Olimpíada no Brasil em seu perfil no Facebook. Ele lamentou não poder acompanhar presencialmente o evento, saudou a deleção argentina e disse que “seu coração segue com Dilma e Lula”.
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