Sem o mandato, o processo contra Azeredo em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) deve voltar à Justiça mineira, retardando o seu julgamento. No começo do mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou aos ministros do Supremo que condenem Azeredo a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. Poucos tucanos saíram em defesa do deputado nas últimas semanas após a apresentação do parecer do procurador.
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Para Janot, Eduardo Azeredo foi mentor intelectual do esquema de desvio de recursos públicos do governo de Minas Gerais para sua campanha à reeleição ao governo, em 1998. Chamado de mensalão mineiro ou mensalão tucano, o esquema também foi operado pelo empresário Marcos Valério Fernandes, o mesmo do mensalão do governo Lula.
Azeredo diz que não houve mensalão em Minas e que é tão inocente quanto o ex-presidente Lula na Ação Penal 470. Mas, para o procurador-geral da República, há evidências contra o tucano.
“Os fatos não teriam como ser praticados na forma em que provados se não tivessem a participação essencial e decisiva, como verdadeiro coordenador e maestro, ditando as linhas de condutas, de Eduardo Azeredo. Não se tratam de presunções, mas de compreensão dos fatos segundo a realidade das coisas e a prova dos autos”, escreveu Janot, nas alegações finais.
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