Mário Coelho
O ex-governador do Paraná Roberto Requião (PMDB) defendeu neste sábado (12) a candidatura própria do partido à presidência da República. Apesar de ressaltar que a possibilidade de os convencionais peemedebistas escolham seu nome como candidato, disse que a sua inscrição oferece “oxigênio” para o PMDB. “Minha candidatura oferece oxigênio a uma convenção que estava até agora fechada”, disse Requião ao jornalistas ao chegar na convenção nacional do partido, em Brasília.
“Estou aqui com a intenção democrática para que não se transforme (a convenção) em fraude política”, disparou. Ontem, ao perceber que não teriam como barrar a candidatura de Requião e do jornalista Antonio Pedreira na convenção, a cúpula do PMDB decidiu colocar duas cédulas à disposição dos convencionais. Em uma, a proposta de se aliar ao PT, com o presidente nacional do partido, Michel Temer (SP), como vice de Dilma Rousseff. Na outra, a candidatura própria e os nomes de Requião e Pedreira.
Além de defender a candidatura própria do partido, o ex-governador do Paraná partiu para o ataque. Disse que a atitude de decidir se coligar com o PT sem debater com os delegados é um “deboche”. “‘Deboche’ é a candidatura única e a ausência de um debate no partido. Mas não sou ingênuo a ponto de imaginar que uma convenção convocada para aprovar o nome de Temer, com passagens e hotel pagos pelo diretório nacional, venha a me oferecer grandes possibilidades”, afirmou Requião.
Em entrevista dada ontem no gabinete do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que inscreveu seu nome na convenção, Requião afirmou que seu partido não tem programa de governo definido para o país. “O que me causa indignação é que não temos um programa. A única coisa que se ressalta naquela récita [espetáculo teatral] que foi colocada, em poucas páginas, garante apenas a autonomia do Banco Central”, disse.
Deixe um comentário