Mal foi apresentada na tarde de hoje (18) à Secretaria Geral da Mesa do Senado, a representação do Psol contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) já corre o risco de ser tornada letra morta. O senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) declarou crer que, se a Mesa der prosseguimento à tramitação, o Conselho de Ética tende a arquivá-la, e explica: as denúncias são referentes a período anterior à posse de Azeredo na Casa.
Quintanilha cita o exemplo do senador Gim Argello (PTB-DF), quando a Mesa sequer encaminhou as denúncias contra Gim apresentadas pelo mesmo Psol ao Conselho, considerando-as improcedentes sob a alegação de que as irregularidades atribuídas a ele haviam sido praticadas anteriormente ao mandato – então suplente do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou ao cargo também pressionado por acusações de corrupção, Gim tomou posse em 17 de julho deste ano.
Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, Quintanilha espera uma manifestação da Mesa sobre a representação do Psol, e até indicaria um relator para o caso, cumprimento as determinações regimentais da Casa. Mas já aponta qual pode ser o desfecho do processo. “É provável que o relator encaminhe o processo para arquivamento”, declarou o peemedebista.
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A exemplo do que fez no caso de Gim, o Psol tentará junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) o encaminhamento do processo ao Conselho de Ética, caso a Mesa não dê prosseguimento ao trâmite. O STF recebeu a solicitação do partido no dia 27 de agosto, e até agora não deu resposta. (Fábio Góis)
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