Depois da redemocratização, em 1985, do controle da inflação, nos anos 90, e da inclusão social, neste começo de século, chegou a hora de o Brasil ter sua quarta agenda democrática: a melhoria dos serviços públicos. A avaliação é do novo ministro da Educação, o filósofo Renato Janine Ribeiro, em sua coluna de despedida no jornal Valor Econômico. “Eles melhoraram mais do que se pensa, mas a sociedade exige mais – o avanço educacional precisa da união de todos. A boa notícia é que só nos falta isso, mais a inclusão remanescente, para sermos uma democracia digna desse nome”, escreveu o novo ministro.
Segundo Janine, todos sabem o que é preciso fazer para melhorar a qualidade dos serviços públicos, a começar pela adoção de “boas práticas” na gestão até os investimentos necessários, seja na formação, seja na remuneração dos servidores. Para ele, a educação é o fio-condutor dessa nova agenda: “A educação pode abrir para tantas formações, que nem o céu é o limite”.
Em entrevista ao Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor, Janine defendeu que programas sociais do governo federal sejam atrelados à educação e à formação de mão de obra para o mercado de trabalho. Na visão dele, a formação de mão de obra é “o grande gerador de recursos” para o desenvolvimento econômico e a inclusão social.
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Professor titular de Ética e Filosofia Política da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro toma posse no ministério no próximo dia 6, em substituição a Cid Gomes, que deixou a pasta após acusar deputados de promoverem achaque contra o governo.
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