A informação obtida por Leandro Mazzini, da Coluna Esplanada, parceiro do Congresso em Foco, de que o PMDB estava acertando com o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) para que ele assumisse a presidência do Conselho de Ética causou um reboliço no Senado. Imediatamente após a publicação da nota, Moka e outros senadores peemedebistas, assim como o líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), foram para o gabinete da liderança do PMDB, para conversas que só foram concluídas depois das 21h de hoje (10). Os detalhes da conversa com Moka vazaram antes de ter sido batido o martelo sobre a sua indicação, o que gerou constrangimentos. Ao final da reunião, o líder do PMDB, Renan Calheiros, não quis confirmar nem desmentir ao Congresso em Foco se Moka é mesmo o nome cogitado pelo PMDB para comandar o processo de cassação do senador Demóstenes Torres (sem partid0-GO) por causa das denúncias de seu envolvimento com o esquema de jogo ilegal do bicheiro Carlinhos Cachoeira. “Não quero falar sobre isso. Se não, deixo as pessoas expostas”, foi a resposta de Renan.
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Renan disse que o PMDB só deverá escolher um nome para presidir o Conselho de Ética na próxima quinta-feira (12). Até lá, fará tratativas, como as que faz com Waldemir Moka. Por enquanto, ficará na presidência do conselho o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), o integrante mais velho do colegiado.
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Renan disse que a escolha ainda não recaiu sobre Moka ou outro senador do PMDB porque ainda serão necessárias outras conversas. “Nós ficamos de ampliar as consultas e essa decisão só será tomada na quinta-feira”, disse. Sobre a insistência do partido em ficar com a presidência do conselho, Calheiros disse que é uma “consequencia” da prerrogativa do partido, que por ser a maior bancada da Casa poder indicar o presidente do conselho. “Isso está sendo conversado. Não quero especular sobre isso”, disse.
Durante a tarde, o partido se reuniu e chegou ao nome do senador mato-grossense. No entanto, após a divulgação de tal informação, Moka disse à imprensa não ter sido convidado por Renan para assumir o posto. “Ele [Renan] disse que não deu essa informação”, disse Moka sobre a notícia. “É quinta-feira. Até lá, o Valadares vai continuar presidindo lá. O PMDB vai achar um nome e indicar, mas não procede a informação de que eu teria sido indicado”. No entanto, questionado se assumiria de fato o cargo de presidente do conselho caso fosse convidado, Moka apenas disse: “Não fui convidado, não tenho essa indicação. Não vou falar sobre hipótese”. Waldemir Moka não faz parte do Conselho de Ética.
Na tarde de hoje (9), sob a presidência do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), o Conselho de Ética abriu o processo contra o senador Demóstenes Torres. Na quinta-feira, o conselho sorteará o relator para o caso.
PublicidadeA presidência do Conselho de Ética está vaga desde setembro do ano passado, quando o senador João Alberto (PMDB-MA) se licenciou do Senado para assumir a Secretaria de Assuntos Especiais da Casa Civil do Maranhão. O conselho voltou aos trabalhos agora para analisar a representação do Psol que pede a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
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