Perguntado nesta sexta-feira (27) se a Casa iria estender aos senadores o pagamento de passagens aéreas para cônjuges, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou que tal medida será adotada no Senado Federal.
“O Senado Federal tem feito um grande esforço nos últimos dois anos para reduzir seus custos sem afetar as rotinas da Casa. Vamos prosseguir neste rumo de cortar desperdícios, eliminar privilégios e abolir redundâncias”, disse Renan.
Segundo o livro Contas Abertas, que é um relatório de gestão do biênio 2013-2014, o Senado Federal conseguiu reduzir em mais de 60% as despesas com passagens e diárias nos últimos anos.
Em 2010 os gastos com esse tipo de despesa chegaram a R$ 16,2 milhões. Em 2013 essa rubrica consumiu R$ 5 milhões e, no ano passado, os gastos com diárias e passagens no Senado Federal caiu para R$ 2,8 milhões.
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Renan Calheiros destacou ainda, durante a entrevista, que também houve redução de gastos em vários setores e ressaltou a economia registrada com a diminuição do pagamento de horas extras. Ainda de acordo com o livro Contas Abertas, em 2010 foram pagos R$ 63,7 milhões com horas extraordinárias e, agora em 2014, esse valor caiu para R$ 4,9 milhões. Uma redução de 61%.
Na quarta-feira, a Mesa Diretora da Câmara liberou o uso de dinheiro público para transportar os cônjuges de deputados e deputadas entre suas cidades de origem e Brasília. Com a decisão, mulheres e maridos de parlamentares poderão utilizar a cota de passagens aéreas da Casa, restrita desde 2009 a deputados e assessores em viagens decorrentes do exercício do mandato. Quatro partidos, no entanto, afirmaram que não utilizarão o benefício: PSDB, Psol, PPS e PSB.
Com informações da Agência Senado
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