O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) acaba de renunciar à presidência do Senado (confira a íntegra da renúncia). Em uma carta lida em plenário, o peemedebista agradeceu aos seus colegas por conduzi-lo ao cargo em duas eleições consecutivas.
“Compreendo que presidir esta Casa é conseqüência de circunstâncias políticas. Entendo que, quando as circunstâncias perdem a densidade, é aconselhado deixar o cargo. Assim, renuncio ao mandato de presidente do Senado Federal sem mágoas ou ressentimentos, de cabeça erguida, demonstrando mais uma vez que não usei das prerrogativas do cargo para me defender”, declarou o peemedebista alagoano. O Senado julgará ainda nesta tarde o processo por quebra de decoro parlamentar aberto no Conselho de Ética contra Renan, acusado de ter usado “laranjas” para comprar empresas de comunicação em Alagoas.
Renan também pediu desculpas aos senadores por não ter tomado a decisão antes. “Agi de acordo com a minha consciência”, destacou.
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O senador alagoano ainda terá de responder a dois processos no Conselho de Ética da Casa. Renan é acusado de ser beneficiário de um esquema de desvio de verbas em ministérios controlados pelo PMDB; e de tentar espionar os senadores goianos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB).
Sucessão no Senado
O presidente em exercício do Senado, Tião Viana (PT-AC), anunciou para quarta-feira da próxima semana (12) a eleição para a presidência do Senado. Um dia antes, os líderes partidários se reunirão para discutir o assunto. Pela tradição, o PMDB, maior bancada na Casa, deve ocupar o cargo. (Eduardo Militão e Rodolfo Torres)
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