O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reiterou hoje (8) a orientação para que os aliados do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim não compareçam à convenção que deve reconduzir o deputado Michel Temer (SP) à presidência do partido no próximo domingo.
"[Não vamos participar] de nada, a não ser quem queira individualmente participar. (…) A bancada do PMDB decidiu por unanimidade que não vai participar dessa chapa, porque essa chapa não representa a unidade do partido, é a própria divisão. Na expressão do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), não é nem a divisão, é uma parcela do PMDB", disse Renan.
Jobim anunciou sua desistência da disputa anteontem, acusando o governo de interferir na eleição em favor de Temer. Na véspera, o presidente Lula recebeu o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), cabo eleitoral do deputado paulista, e praticamente lhe assegurou a entrega do Ministério da Integração Nacional.
O presidente do Senado se disse solidário a Jobim, mas negou que possa, a partir de agora, retaliar o Planalto nas votações da Casa. "Não há [retaliação], muito pelo contrário. Ontem, nós votamos como nunca: dois projetos que alteram a legislação penal, a lei que regulamenta as agências reguladoras e vamos continuar fazendo isso. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Essa coisa partidária é partidária, tem que ser tratada como tal. A relação entre os poderes é algo que tem que ser encarado institucionalmente", afirmou.
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A bancada peemedebista da Câmara articula para enfraquecer o grupo de Renan e levar grande parte de seus integrantes para a chapa de Temer. Os governadores Sérgio Cabral (Rio de Janeiro) e Marcelo Miranda (Tocantins), aliados do ex-ministro do STF, anunciaram hoje que vão apoiar a reeleição do presidente do PMDB.
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