Questionado se o governo estaria fazendo barganha para aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Senado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que jamais fez barganha. “Já demonstrei isso”, disse.
Ontem, a Câmara aprovou a proposta em primeiro turno. Os deputados precisam votar a matéria em mais um turno para que ela siga para o Senado.
O parlamentar afirmou que não cabe ao presidente do Senado, mas aos líderes, colocar os partidos para votarem as matérias. Ele também ressaltou que é inocente de todas as acusações que pensam contra ele.
Renan foi absolvido na semana passada da acusação de ter despesas pessoais pagas por um lobista. Ele ainda responde a dois processos no Conselho de Ética. Um que o acusa de ter favorecido uma cervejaria com divididas com o governo, e outro que o acusa de ter usado laranjas para comprar empresas de comunicação em Alagoas.
A Mesa Diretora do Senado decidirá em instantes se encaminha a quarta representação contra o peemedebista ao Conselho de Ética. Dessa vez, Renan é acusado de ser beneficiário de um suposto esquema de desvio de verbas de ministérios controlados pelo PMDB.
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Renan também destacou a necessidade de discutir propostas de interesse do país. “O que tem que se discutido abertamente são as coisas de interesse para o Brasil, como geração de emprego e renda, e não ficar nesse ‘rame-rame’ de discussão política.
Apoio da população
Ao comentar uma pesquisa realizada pelo Senado dos Estados Unidos, que revela que apenas 11% dos americanos aprovam a existência do Senado, Renan afirmou: “Tenho certeza de que no Brasil esse número é muito maior.” (Ana Paula Siqueira e Rodolfo Torres)