O presidente reeleito do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse há pouco que o resultado da eleição respeitou o principio da proporcionalidade e que ele representa o consenso entre os partidos. “Isso mostra que não havia disputa entre governo e oposição”, declarou.
Renan afirmou que irá buscar todas as legendas para garantir a unidade da Casa. Para o segundo biênio a frente do Senado, o peemedebista promete garantir a independência do Parlamento. “No passado nós aprovamos mais leis do Legislativo do que do Executivo, o que prova nossa autonomia”, declarou.
Na eleição da Câmara, o presidente disse que sempre trabalhou para separar as articulações a fim de que “uma Casa não contamine a outra”. Renan ainda disse que o Senado está com a consciência tranqüila por ter aprovado as reformas necessárias e que continuará trabalhando para “o fortalecimento da democracia, o crescimento econômico e para garantir a governabilidade”.
Derrotado com votos inferiores à soma dos partidos que o apoiou (PSDB e PFL), José Agripino (PFL-RN) disse que não pode culpar ninguém por não ter conquistado a eleição. Para ele, é necessário que a oposição se solidifique, mas que não haja motivado pelas “emoções”. “A oposição precisa manter a racionalidade, porque senão perde a credibilidade”, disse o pefelista.
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Mesa Diretora
Para o ex-presidente da República e senador José Sarney (PMDB-AP), a proporcionalidade deverá ser mantida na escolha dos outros integrantes da Mesa Diretora. “A casa cumpriu a regra e deverá mantê-la para o resto da mesa”, afirmou.
Segundo Eduardo Suplicy (PT-SP), o PT buscará a vice-presidência da Casa, enquanto o PFL deve garantir a primeira secretaria. “O resultado foi totalmente esperado e agora estamos conversando para definir as outras vagas”, disse. Para o petista, a vitória de Renan “é um indicador de que o governo tem uma maioria tranqüila no Senado”. (Ricardo Taffner)