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“No que depender de mim, vamos votar esta lei que é muito importante para o país. A cada dia convivemos com mais abusos. Todos os países civilizados têm esta lei”, avisou Renan. O senador lembrou que o projeto que trata do abuso de autoridade é uma iniciativa do Supremo Tribunal Federal (STF) e foi definido como prioridade por todos os líderes partidários. O presidente do Senado responde a 11 inquéritos e já é réu em um dos processos que tramitam no Supremo.
Renan negou que esteja pautando o projeto de abuso de autoridades em retaliação às ações do Ministério Público que o transformaram em réu no STF. O parlamentar lembrou que o projeto prevê que os julgamentos dos acusados de extrapolar no exercício de suas funções oficiais serão julgados pelo próprio Judiciário. “Não acreditar nessa lei é não acreditar no Judiciário e com anuência do procurador-geral da República, em casos que atinjam procuradores”, defendeu Renan.
O presidente do Senado é acusado de colocar o projeto em votação em retaliação às investigações da Operação Lava Jato que o atingem diretamente, assim como a outros senadores e deputados. Pela proposta, o policial será punido “se exibir o preso à curiosidade pública” e submetê-lo à situação vexatória ou constrangedora; ameaça de prisão para forçar depoimentos que o incriminem o detento; e atrasar liberação de presos que obtiveram habeas corpus ou sentença de soltura, entre outras medidas.
As entidades que representam magistrados, procuradores e policiais são contra o projeto. Acusam Renan de tentar tolher os trabalhos e operações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal que atingem políticos. O projeto tramita em regime de urgência, nos termos do requerimento aprovado em 22 de novembro em plenário, e estará na pauta do Senado na última semana dos trabalhos legislativos antes do recesso parlamentar (16 de dezembro a 2 de fevereiro).
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