O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou hoje que não vai deixar seu cargo. O parlamentar foi absolvido na semana passada, em uma sessão secreta, da acusação de ter despesas pessoais pagas por um lobista. Por 40 votos favoráveis, 35 contra e seis abstenções, Renan preservou seu mandato.
“Se eu tivesse perdido a votação por um voto, eu teria arrumado a minha gaveta e teria saído daqui. Mas eu não perdi, eu ganhei", disse da cadeira de presidente em tom irritado.
Renan também tratou de deixar claro aos seus colegas que é o presidente da instituição e que não vai permitir que propostas sejam colocadas em pauta “no grito”.
Após ouvir de diversos senadores o pedido para que o plenário analisasse a proposta que abre as votações no Senado, aprovada esta tarde pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Renan fez um apelo para que a pauta fosse desobstruída.
"Eu faço um apelo à Casa como presidente do Senado para que votemos todas as matérias para que essa matéria possa tramitar. Aqui, ninguém vai levar no grito”, afirmou o peemedebista.
Leia também
A pauta do Senado está trancada por cinco medidas provisórias. Elas precisam ser analisadas antes que a PEC do voto aberta vá a plenário. Diante da negativa de Renan de colocar a proposta em votação, PSDB e DEM orientaram suas bancadas para a obstrução. Com a estratégia da oposição, a sessão foi encerrada.
Há dois dias, os senadores tentam votar a indicação do economista Luiz Antônio Pagot para o cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT). (Rodolfo Torres)
Deixe um comentário