Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), descartou a possibilidade de se afastar do cargo após ser absolvido pelos senadores. Por 40 votos favoráveis, 35 contra e seis abstenções, o peemedebista foi inocentado ontem da acusação de ter despesas pessoais pagas por um lobista.
Após a vitória do peemedebista, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), um dos senadores que se absteve na votação de ontem, aconselhou Renan a se licenciar do cargo.
Renan ressaltou estar apto a presidir sessões polêmicas, como a proposta que prorroga por mais quatro anos a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Para Renan, sua absolvição representa “a renovação da confiança da Casa no seu presidente".
Apesar de considerar que não há clima para o retorno das atividades, o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), acredita que Renan não deve se licenciar do cargo após a votação obtida ontem. O petista considera que a proposta da CPMF não será aprovada sem o apoio da oposição.
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Sem condições políticas
De acordo com o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), Renan Calheiros “perdeu as condições políticas” de presidir o Senado. Em reunião nessa manhã, o partido decidiu obstruir as sessões presididas por Renan. A legenda também pretende apresentar uma proposta para que votações para cassação de mandato sejam abertas. (Rodolfo Torres)
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