A reunião será dividida em três períodos, segundo o senador. Pela manhã, com o começo dos debates às 9h, continuando à tarde com um intervalo ao meio-dia e, depois de outra interrupção, para o jantar, com reinício já em plena noite de quarta-feira. Renan prevê que mais de 60 senadores falarão na sessão.
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“Nós decidimos que cada senador vai ter dez minutos para discutir e mais cinco minutos para encaminhar [a votação]. O ideal é que cheguemos a um meio termo, tudo acertado com os líderes dos dois lados. A expectativa é que pelo menos 60 senadores falem. Se isso acontecer, nós teremos 10 horas de sessão”, detalhou o senador, aprofundando ainda mais a explicação.
“Nós vamos, a partir das 15h de amanhã [terça, 10], abrir as inscrições em dois livros diferentes; um para quem está a favor da admissibilidade [do impeachment] e outro para quem está contra. Vamos convocar a sessão para as 9h da quarta-feira [11]; faremos uma interrupção ao meio-dia. Vamos retomar às 13h e seguiremos até as 18h. Em seguida faremos uma nova interrupção e voltamos às 19h”, acrescentou.
O presidente do Senado disse que o objetivo dessa programação é que o afastamento da presidente seja decidido ainda na noite de quarta-feira (11), o que é pouco provável. Vários parlamentares já estão prevendo que a sessão que definirá o afastamento e a abertura do julgamento final da presidente por crime de responsabilidade será tomada já na madrugada do dia seguinte (quinta, 12). Se passar, a recomendação de afastamento, já aprovada pela comissão processante, o vice-presidente Michel Temer tomará posse no cargo ainda nesta semana.
Ora alinhado, ora alheio aos interesses do governo, Renan discursou sobre a natureza do processo de deposição presidencial. “O processo de impeachment é duro. A construção da democracia possibilita avanços e recuos. Eu vejo esse dia como um dia muito importante para que nós possamos avançar no aprimoramento das instituições”, declamou.
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