O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu hoje a criação de uma política permanente para os reajustes do salário mínimo. De acordo com o senador, esta política deveria recompor o poder de compra, e ser implementada juntamente com a isenção dos produtos que compõem a cesta básica. “Eu entendo que precisamos ter o maior salário mínimo que a economia puder pagar. Não vejo dificuldade em termos um mínimo de R$ 350 ou R$ 360, pois a economia pode pagar esse salário”, afirmou, em entrevista coletiva.
Renan disse que a data de pagamento deste novo salário mínimo – motivo de grande discussão entre sindicalistas, que preferem abril, e o governo, que trabalha com maio – para o reajuste é apenas um detalhe. Ele afirmou que o importante é que essa definição seja conseqüência de uma negociação, bem como se configure em uma política permanente de reajuste.
O senador também aproveitou a coletiva para falar sobre a anunciada construção do anexo 3 do Senado. Ele disse que a expansão é uma necessidade e que, quando Brasília foi construída, o arquiteto que planejou a cidade, Oscar Niemeyer, já previra a expansão do Senado. Renan acrescentou que essa obra é uma decisão antiga da Mesa Diretora, já consta do Plano Plurianual de Investimento (PPA), e tem recursos previstos no Orçamento Geral da União.