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Recebi João Lyra, deputado federal, em meus gabinetes, assim como recebi toda a bancada de Alagoas, sem exceção. Na interinidade da Presidência da República, atendi a seus insistentes apelos para tirar uma fotografia comigo, quando implorava pelo meu apoio para sua candidatura a governador.
Só estivemos juntos em palanque nas eleições de 1986, há, portanto, 21 anos, quando ainda não havia indícios, senão certeza, de que João Lyra era de fato um fora da lei. Para o governo de Alagoas apoiei o meu honrado e fraterno amigo, o então senador Teotonio Vilela. Derrotado repetidamente nas eleições majoritárias que disputou, João Lyra passou a me atacar diariamente. Basta ver as 60 últimas edições do jornal de sua propriedade, agora nas mãos de um laranja.
Mas João Lyra dirá suas mentiras requentadas em depoimento que prestará, de forma unilateral e protegido por um séqüito de bajuladores, caracterizando a questão local que quer transportar para o plano nacional. Se ele apresentasse o texto integral do documento que entregou à revista Veja e abrisse os seus sigilos bancários e ficais, como eu fiz espontaneamente, e comparecesse ao Conselho de Ética para ser inquirido como os demais, estaria desvendada a trama que armou contra mim.
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