O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), indicou nesta terça-feira (13) os senadores Cyro Miranda (PSDB-GO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Wilder Moraes (DEM-GO) como titulares para comporem a bancada da oposição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado. A senadora Lúcia Vânia, no entanto, se antecipou em se recusar a participar da comissão.
“Não vou gastar energia nesta comissão. Vossa Excelência sabe que a sociedade espera, anseia pela CPI mista, onde as investigações serão feitas verdadeiramente. E quero dizer que considero um desrespeito com o estado de Goiás que todas as suas indicações sejam de lá”, disse a senadora a Calheiros.
A oposição quer que a investigação seja feita por deputados e senadores na comissão mista. Por isso, os oposicionistas não indicado os três nomes que lhes cabiam e correm contra o tempo para tentar instalar o quanto antes a CPI mista.
A base governista defende que a melhor instância parlamentar para fazer a investigação sobre a Petrobras é o Senado, e quer que a comissão seja instalada na Casa o quanto antes. Uma vez que a CPI estiver instalada no Senado, ela terá a preferência sobre a proposta de comissão de inquérito mista sobre o mesmo assunto.
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Renan Calheiros pediu desculpas por ter escolhido Lúcia Vânia e disse que indicará um novo nome até o fim do dia. As indicações serão publicadas amanhã (14) no Diário do Senado.
Os nomes determinados pelo presidente do Senado vão se unir aos dez senadores indicados pela base governista para compor a comissão. A primeira reunião será convocada pelo senador mais idoso da comissão, João Alberto (PMDB-MA). A convocação pode ser feita amanhã caso o senador deseje.
PublicidadeApós a reunião de instalação da CPI, serão eleitos o presidente, o vice e o relator. A indicação para a presidência cabe ao PMDB, partido com a maior bancada, e deverá ser o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). A relatoria deverá ficar com o senador José Pimentel (PT-CE), indicado pelo PT, partido com a segunda maior bancada da Casa.