O deputado Antônio Palocci (PT-SP), relator da medida provisória que propõe a prorrogação da CPMF, afirmou há pouco que seu relatório pode ficar pronto até amanhã (12). Segundo o relator, as emendas que propõe a redução da alíquota serão analisadas. "Não podemos rechaçá-las logo de saída porque elas têm legitimidade", disse. Mas Palocci foi claro em dizer que "com certeza o relatório será pela manutenção da CPMF".
Contudo, nos bastidores Palocci se diz favorável à redução gradual da alíquota. O ex-ministro da Fazenda afirmou que iria conversar com os líderes partidários sobre o tema, antes de fechar seu relatório. Palocci disse que mesmo com as propostas que pedem o fim da contribuição, acredita que a oposição sabe da importância desse tributo para a economia do país.
Na área política, o ex-ministro diz não acreditar que a oposição será contra a prorrogação da CPMF. "Não acredito que ninguém proporá nenhuma mudança fiscal abrupta. Mesmo os partidos que estão propondo a extinção da CPMF sabem da importância de que as contas públicas não podem ser desequilibradas da noite para o dia", afirmou o deputado. "Se querem uma modificação do tributo em discussão, vamos fazer da forma mais adequada possível", completou.
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O deputado do PT também afirmou que irá analisar as emendas propostas, que podem ser encaminhadas até o início da noite de hoje (11), e não vai descartar idéias "positivas de contenção do crescimento da carga tributária".
A discussão continua no plenário 7 e conta com a presença do presidente da Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, e dos economistas Raul Velloso e José Roberto Afonso. (Ana Paula Siqueira)