O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), primeiro a chegar na reunião que discutirá e votará o relatório final da comissão, declarou há pouco que as investigações feitas pela comissão apontam, mas não confirmam, que o dinheiro usado na tentativa de compra do dossiê Vedoin tenha saída de um possível caixa dois das campanhas eleitorais do presidente Lula e do candidato derrotado ao governo de São Paulo senador Aloízio Mercadante (PT).
Além disso, o deputado afirmou que o relatório parcial da CPI, que foi aprovado no dia 10 de agosto, será totalmente incorporado à versão final, ou seja, todos os 71 parlamentares denunciados na época terão o pedido de indiciamento recomendado.
Quanto aos “aloprados” (o empresário Valdebran Padilha, o advogado Gedimar Passos, o ex-coordenador da campanha de Mercadante Hamilton Lacerda, o ex-diretor do Besc Jorge Lorenzetti, o ex-integrante do comitê da campanha de reeleição de Lula Osvaldo Bargas e o ex-diretor de Gestão de Riscos do Banco do Brasil Expedito Veloso), todos serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, abuso de poder e crime eleitoral. O empresário paulista Abel Pereira também responderá pelos mesmos crimes por ter facilitado (aproveitando-se de certa influência junto ao ex-ministro Barjas Negri) a liberação de contratos no Ministério da Saúde para a família Vedoin, responsável pela máfia das ambulâncias.
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Já Barjas não será indiciado, assim como os dois ex-ministros do governo petista Humberto Costa e Felipe Saraiva. Para Jungmann, a principal falha do relatório foi a não inclusão do ex-assessor da Presidência da República Freud Godoy dentre os indiciados. Mas a comissão não teve como indiciá-lo já que não foi possível ouvir o ex-assessor. (Lúcio Lambranho)
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