o relator do processo contra Roberto Brant (MG) no Conselho de Ética da Câmara, deputado Nelson Trad (PMDB-MS), vai sugerir a cassação do mandato parlamentar dele. Nelson Trad disse ontem que não ficou convencido dos argumentos do pefelista para justificar o saque de R$ 102 mil que fez na conta da SMP&B, agência do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, no Banco Rural. O parecer de Trad pode ser apresentado e votado na comissão já na próxima semana.
O pefelista, juntamente com outros dez deputados, foi apontado pelas CPIs dos Correios e do Mensalão como um dos beneficiários do valerioduto. Em sua defesa, Brant diz que o saque na conta da SMP&B, em 2004, era uma contribuição das Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) para sua campanha à prefeitura de Belo Horizonte nas últimas eleições municipais. O deputado disse que foi orientado a receber o recurso via SMP&B pela própria companhia. Mas, não soube explicar o motivo.
“A SMP&B sempre foi a agência da Usiminas, então não tinha como desconfiar do repasse. Não sei porque o repasse foi por fora, talvez porque a empresa não contribuiu com outros candidatos”, disse o pefelista em seu depoimento no Conselho, há duas semanas. A doação não foi registrada na prestação de contas da campanha de Brant.
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