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De acordo com o Código de Ética da Câmara, após a instauração do processo, o relator indicado deve apresentar um parecer prévio admitindo ou não o prosseguimento das investigações. Foi o que Teixeira fez hoje. Para o petista baiano, os indícios apresentados pelo PSDB são suficientes para passar para a segunda etapa no Conselho. “Os indícios, no entanto, não são suficientes para a quebra de decoro”, analisou.
No parecer entregue hoje ao Conselho de Ética, entretanto, o petista é mais duro com o Protógenes do que foi em entrevista. Teixeira escreveu que “um parlamentar não pode agir como tudo indica tenha agido o deputado Protógenes Queiroz, mantendo um relacionamento próximo com um notório contraventor e, pior, o auxiliando diante das investigações levadas a cabo pela Polícia Federal”.
Caso o Conselho aceite o parecer de Teixeira, o deputado paulista passará a responder a um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. Questionado se Protógenes teria condições de permanecer na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, o relator disse que a decisão cabe ao senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente do colegiado.
O pedido de investigação do PSDB tem como ponto de partida reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada em abril. De acordo com o periódico, havia cumplicidade entre Protógenes e ex-sargento da Aornáutica Idalberto Matias, o Dadá, acusado de fazer parte da organização liderada por Cachoeira. Segundo as gravações da Polícia Federal que vazaram para a imprensa, o deputado teria orientado o depoimento de Dadá em inquérito da PF.
A reportagem não conseguiu contato com o deputado. Pelo Twitter, ele afirmou que recebeu com “respeito e tristeza o parecer”. “Contraria os depoimentos dos delegados e documentos que me inocentam. Vou me defender!”, afirmou