Relator da CPI mista da Petrobras, o deputado Marco Maia (PT-RS) apresentou nesta segunda-feira (2) o plano de trabalho para o colegiado em que estão previstas como “prioritárias” as convocações do doleiro Alberto Youssef e de Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, ex-diretores da estatal. No entanto, o plano de trabalho ainda vai ser votado nesta terça-feira (3). Só depois disso, as datas para a tomada de depoimentos vão ser definidas.
Alberto Youssef e Paulo Costa foram presos pela Polícia Federal em março último por suspeita de participação em um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões e envolvido contratos de empresas privadas com a Petrobras. O primeiro ainda continua preso. Ex-diretor de Abastecimento e Refino da petroleira, Costa já está em liberdade.
“Esses devem ser os primeiros a ser ouvidos”, disse Maia. Na avaliação do deputado petista, o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli e a atual presidente da estatal, Graça Foster, podem ser convocados em um segundo momento.
Marco Maia também sugeriu que a comissão analise, a cada semana, um dos quatro eixos de investigação apresentados para abertura da CPI mista: compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos; suspeita de pagamento de propinas pela empresa holandesa SBM Offshore; falta de segurança em plataformas; e construção de refinarias, especialmente a de Abreu e Lima, em Pernambuco.
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A CPMI foi instalada na quarta-feira (28) e, desde então, já foram apresentados e relacionados 606 requerimentos. Muitos pedidos para quebra de sigilos foram enviados pelos parlamentares sem dados essenciais como CPF ou CNPJ e ainda não foram disponibilizados pela secretaria da comissão. Maia descartou ainda a criação de subrrelatorias, conforme defendido pela oposição.
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