O deputado Sandro Alex (PPS-PR) entregou, nesta quinta-feira (26), ao Conselho de Ética da Câmara parecer pelo arquivamento sumário da representação movida contra o deputado Chico Alencar (Psol-RJ).Em seu parecer preliminar, Sandro Alex concluiu pela não admissibilidade da denúncia de quebra de decoro apresentada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP).
Paulinho da Força, como é mais conhecido, acusa Chico de quebrar o decoro por financiar parte de sua campanha eleitoral com contribuições de funcionários de seu gabinete e de ter apresentado notas frias por serviços prestados por uma empresa fantasma.
Sandro Alex afirma que utilizou documentos chancelados por órgãos como o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal, a Justiça Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal (STF) para elaborar seu parecer. “Eu me ative aos autos do processo, não trouxe o ambiente externo ou qualquer tipo de retaliação ao processo”, declarou.
O parecer preliminar será oficialmente apresentado no próximo dia 2, na reunião do Conselho de Ética, às 14h30. Até lá, o relator disse que não pode adiantar qualquer informação sobre o os argumentos que embasaram sua decisão. “Nesse momento eu tenho que respeitar o prazo regimental”, afirmou.
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Para o parlamentar do Psol, o parecer preliminar do relator apenas confirma o que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o MPF já haviam esclarecido em relação às acusações feitas pelo presidente do Solidariedade.
Para Chico, Paulinho age com “revanchismo” e a mando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por ele ter sido autor de representação contra os dois. O deputado do Psol é um dos apoiadores do pedido de cassação do mandato de Cunha em tramitação no Conselho de Ética e assinou denúncia contra Paulinho em 2008.
Publicidade“Espero que a maioria dos Conselheiros, acolha o relatório pela inadmissibilidade até porque não tem justa causa nenhuma, foi uma mera retaliação política orientada pelo presidente da Câmara”, disse Chico Alencar ao Congresso em Foco. A tentativa de intimidação não irá adiante, garante o deputado. “Não prosperará, seguramente. Isso independe do Conselho de Ética, nós não vamos nos intimidar diante do que a gente acha que é correto”, conclui.