Daniela Lima
A Câmara vai gastar R$ 150 milhões para reformar os apartamentos funcionais destinados à moradia dos parlamentares. A intenção é subdividir alguns dos 432 imóveis, fazendo com que este número salte para 528, o suficiente para atender a todos os deputados e ainda deixar a Câmara com uma reserva técnica de apartamentos.
Segundo o quarto-secretário da Casa, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), com a conclusão das reformas, a Câmara deve decretar o fim do auxílio moradia, a que hoje os deputados têm direito, no valor de R$ 3 mil. Por ano, o benefício custa aos cofres públicos R$ 16 milhões.
Para promover a multiplicação dos apartamentos, imóveis que hoje contam com quatro quartos, passarão a ter dois. “A previsão é que a reforme leve dois anos. Depois disso, devemos acabar com o auxílio moradia, e o deputado que não quiser morar no apartamento funcional vai pagar sua casa por conta própria”, afirmou Marquezelli.
Hoje, segundo a quarta-secretaria, 57% dos parlamentares declaram residir nos apartamentos funcionais. A reforma, presume Marquezelli, deve ser concluída em dois anos. Serão modificados os oito blocos da quadra 308 Sul, destinada ao uso dos deputados. A Câmara também dispõe de apartamentos funcionais nas quadras 202 Norte, e 111 e 311 Sul.
Deputados síndicos
Após a implementação da reforma, o projeto do quarto-secretário inclui ainda um novo modelo de administração dos blocos em que os deputados irão morar. Atualmente a Câmara terceiriza serviços de condomínio. A proposta de Marquezelli é que, devidamente instalados, os deputados elejam entre si um síndico, que cuidará das normas e das contas do condomínio.
A proposta do quarto-secretário foi aprovada hoje (7) em reunião da Mesa Diretora. Marquezelli espera que em até 60 dias o processo de licitação para escolha da empresa que fará as reformas seja iniciado.
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