O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje (4), durante audiência pública que discute o fim da CPMF, que a redução da contribuição "seria um tragédia". Mantega disse que o dinheiro arrecadado com a CPMF teria que ser tirado de setores importantes. E desafiou os deputados contrários a prorrogação. "Vamos acabar com o Bolsa-Família?", indagou. Para Mantega, é preferível reduzir os encargos da folha de pagamentos das empresas, através da redução da alíquota patronal do INSS, do que abrir mão da CPMF.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), contrário a prorrogação da CPMF, disse que a situação da saúde no Brasil é "de total falência." E questionou: "quem é o responsável pelos pacientes que estão na fila da morte?". Para Caiado, "o que estão fazendo com os médicos é o mesmo que estão fazendo com o piloto da TAM". O deputado do DEM também afirmou que o governo se esquiva das responsabilidades na área.
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Já para Paulo Borhausen (DEM-SC) a prorrogação da contribuição "é um crime". Ele também afirmou que o governo "está nadando em dinheiro." Além disso, classificou de "balela" um dos argumentos do governo de que o fim da CPMF provocaria aumento nas taxas de juros.
Contratações
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou, na mesma audiência, que há necessidade de contratação de servidores para a saúde. Além dos problemas relacionados a falta de verbas, Temporão disse que está sendo estudada uma padronização dos repasses feitos aos estados e municípios. A audiência continua no Plenário 2, da Câmara. (Ana Paula Siqueira)