Redes sociais viram a nova arena de debates
Este momento histórico pelo qual os brasileiros estão passando é uma mostra do quanto as redes sociais se transformaram na nova Ágora, aquela praça pública, símbolo da democracia, onde os gregos costumavam realizar assembleias e cidadãos eram convidados a participar.
O número de manifestantes presentes nos protestos a favor e contra a prisão do ex-presidente Lula foi bem inferior às 20 pessoas mil esperadas pelos organizadores do chamamento à Esplanada dos Ministérios no dia 4 de abril. Mas nas redes sociais, choveram memes e postagens políticas de todas as cores.
O Twitter registrou 463 menções ao presidente Lula por minuto durante a sessão de julgamento no Supremo Tribunal Federal, que entrou pela madrugada do dia seguinte. O voto da ministra Rosa Weber, considerado “esquizofrênico” por uns e “coerente” por outros, foi campeão de comentários e memes. Pelo Twitter moments Brasil foi possível acompanhar informação em tempo real, as falas dos ministros, análises de especialistas, repercussões e manifestações.
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No dia cinco, quando o juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações na operação Lava Jato, decretou a prisão de Lula, foi pelo Whatsapp, Twitter e Facebook, principalmente, que parlamentares e lideranças políticas se posicionaram, celebrando ou condenando a atitude do juiz.
Uso de novas tecnologias vai da comunicação à educação
As novas tecnologias comprovam que estão rompidas as barreiras geográficas. Não é de um renomado polo de pesquisa do Sudeste, mas da pequena cidade de Penedo, em Alagoas, que vem a proposta de abertura de um programa de pós-graduação revolucionário, que explora o uso de novas tecnologias e invade formatos tradicionais de aprendizagem.
O novo Programa de Pós-Graduação do Sistema Único de Saúde (PGSUS) prevê aulas de medicina com a utilização de holografia, importação de cadáveres congelados dos Estados Unidos e controle da presença dos alunos por biometria e georreferenciamento.
Trata-se do primeiro curso que tem como base o Marco Legal da Inovação, lançado em 2016, com a aprovação da Lei 13243/16, que prevê, entre outras coisas, a dispensa da obrigatoriedade de licitação para projetos que envolvam inovação e tecnologia e simplifica convênios entre empresas públicas e privadas.
O programa, voltado para medicina de família e comunidade, e urgência e emergência, promete fazer de Penedo, com seus 70 mil habitantes, a “capital nacional da inovação em qualificação médica”, formando profissionais conectados com as mais modernas tecnologias na área de saúde.
Três tendências de vídeo moldam o futuro da mídia digital
O especialista em marketing digital, Joesh Decker, ceo da Tagboard, sugere três tendências em vídeo para quem pretende manter a sua marca sempre viva na mente dos consumidores. A primeira delas é o vídeo vertical. Segundo Decker, em 2019, o vídeo representará 80% de todo o tráfego da internet. Profissionais de marketing relatam que no futuro próximo o vídeo comporá a maior parte do conteúdo que produzem. E a tendência é que os vídeos sejam feitos no formato vertical e não no horizontal, como nas tradicionais telas de cinema e TV.
“No mundo dos dispositivos móveis, o vídeo vertical governa o dia e espera-se que continue crescendo. Hoje, 94% das pessoas mantêm seus telefones em pé ao capturar conteúdo em seus smartphones. Bilhões de Histórias do Snapchat e Histórias do Instagram são criadas em todo o mundo a cada ano, quase todas feitas verticalmente. Faz sentido ver grandes marcas em todas as categorias adotando o formato de vídeo vertical”, aconselha, em artigo publicado no site especializado adweek.
A segunda dica é apostar na storytelling. O especialista diz que uma boa contação de histórias, feita de maneira curta, em micro momentos, com vídeos de pouca duração poderá ser o diferencial encontrado em “um mar de milhões de outras histórias” que o cliente vê transitar pelas redes sociais e internet. “Não é mais suficiente que as marcas criem um bom conteúdo. Para se destacar em um mar de milhões de histórias, as marcas também precisam contar histórias em pequenos incrementos, com vídeos pequenos”.
Por último, ele aponta como tendência a descoberta e compartilhamento de vídeo localizados geograficamente. “A localização já está começando a desempenhar um papel maior na forma como as pessoas descobrem vídeos em eventos. Estamos vendo o Facebook Messenger usando seu recurso de localização ao vivo, enquanto o YouTube lançou recentemente o Director Mix, permitindo que as marcas exibam milhares de vídeos localizados em uma campanha usando os dados do Google Maps”.
Ele adverte os profissionais de marketing que com localização e metadados mais fortes, é possível fornecer informações com conteúdo mais relevante. Cita como exemplo a Tagboard, especializada em marketing esportivo. Graças a uma parceria com o Snapchat, a empresa conseguiu compartilhar conteúdo ao vivo do Snapchat em exibições de vídeo gigantes em estádios espalhados por universidades ao redor do mundo.
“O poder dos Snap Maps do Snapchat é inegável. Você compartilha sua localização para snaps, que aparecem aos amigos em um mapa e são atualizados quando você abre o aplicativo novamente. Por exemplo, se um cliente em potencial estiver pesquisando uma nova prancha de snowboard, a loja poderá exibir uma captura de vídeo relacionada a snowboard recentemente na região de esqui dessa pessoa”.