Embora a posição da ex-senadora Marina Silva (PSB) ainda seja uma incógnita a ser desvendada até o fim desta semana, o Rede Sustentabildade, anunciou por meio de nota que os militantes da legenda estão liberados para “avaliar em qual dessas alternativas [Dilma ou Aécio] as propostas de mudança qualificada, expressa pela candidatura Marina Silva, estará melhor representada”.
No comunicado, o Rede destaca que o sentimento de mudança demonstrado pelo povo brasileiro não foi capaz de quebrar a polarização entre PT e PSDB e classifica o segundo turno das eleições presidenciais como encruzilhada. “Nessa encruzilhada, nenhum dos caminhos aponta para uma saída política de profundidade, capaz de reduzir as desigualdades sociais promovendo a plena cidadania através de um novo padrão de relações econômicas, sociais, culturais e políticas, baseadas na qualidade de vida e na sustentabilidade.Portanto, a Rede Sustentabilidade, ao mesmo tempo que saúda e respeita o desejo de mudança, tem o dever de reconhecer que a sociedade brasileira não encontrou ainda o caminho, as condições e o tempo de realizá-la. Em nossa democracia, a estrutura política e partidária brasileira impediu, mais uma vez, a realização dessa afirmação histórica”, cita o texto divulgado na manhã desta quinta-feira.
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O alto índice de abstenções no primeiro turno também foi destacado pelo partido como um recado preocupante. “Salta aos olhos a quantidade de votos nulos, brancos e abstenções, quase 30%, que demonstra também uma insatisfação crescente com o modelo político atual e acende o sinal amarelo para a urgência de mudanças estruturais de qualidade, sob pena de aumentar o descrédito nas instituições e na democracia”.
A nota, assinada pelo comando do partido, reforça as bandeiras defendidas no primeiro turno da campanha pela candidata do PSB, como por exemplo a reavaliação do sistema político brasileiro destacando a necessidade de um novo modo de fazer política, a adoção de uma visão mais abrangente do desenvolvimento com vistas à sustentabilidade, o investimento na educação de qualidade e a garantia inegociável de todos os direitos humanos e expansão dos direitos sociais e dos trabalhadores, aumentando e qualificado os empregos.
“São essas as idéias que mantemos como bandeiras neste segundo turno. Solidarizamo-nos com todos os brasileiras e brasileiros que votaram pela mudança no primeiro turno, repudiamos a sórdida campanha feita contra Marina Silva e reafirmamos nossa posição de dizer não ao continuísmo. Em respeito aos que votaram em Aécio acreditando na mudança, aos que não definiram sua posição e aos que não se sentem representados pela polarização que persiste há 20 anos, delegamos a cada militante avaliar”, destaca o documento.
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