O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), afirmou há pouco que a base de apoio do governo na Casa – que conta com 53 senadores – deve perder “três ou quatros votos” na apreciação da proposta que prorroga por mais quatro anos a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Apesar de o PMDB ter fechado questão a favor do tributo, os senadores Mão Santa (PMDB-PI) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) se declaram abertamente contrários à prorrogação do imposto do cheque.
Raupp avalia que a votação em primeiro turno da CPMF, que deve ocorrer na próxima semana, pode ser adiada para a semana seguinte, caso o governo não tenha segurança em relação aos 49 votos necessários para aprovar a medida.
Questionado se o Senado teria sessões deliberativas nas segundas e nas sextas-feiras, como forma de acelerar a tramitação da CPMF na Casa, o líder peemedebista foi categórico: “Acho difícil garantir quorum, até porque temos alguns compromissos agendados”.
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A convocação das sessões nesses dias foi anunciada ontem pelo presidente em exercício do Senado, Tião Viana (PT-AC). A CPMF rende anualmente cerca de R$ 40 bilhões aos cofres da União e, de acordo com os governistas, é indispensável para a manutenção de programas sociais, do equilíbrio fiscal e do combate à sonegação. Para garantir os recursos do tributo, a base governista na Câmara obstruiu as votações, para que nenhuma matéria pudesse ser enviada ao Senado.
Até mesmo o próprio presidente Lula entrou em campo. De acordo com o petista, “quem tem medo da CPMF é quem sonega imposto”. (leia mais) Em entrevista concedida ontem , Lula afirmou que o DEM é radicalmente contra a prorrogação da CPMF por que não tem mais perspectiva de poder. (Rodolfo Torres)
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