O senador paraibano Raimundo Lira oficializa na tarde desta terça-feira (3) sua filiação ao PSD. O senador era líder do MDB na Casa e deve ser substituído por Simone Tebet (MS). Procurada pela reportagem, a senadora não retornou o contato até o fechamento desta matéria.
O MDB é, até agora, o partido que mais perdeu parlamentares nesta janela partidária, com 10 dissidências na Câmara, de acordo com levantamento do Congresso em Foco. O partido do presidente Michel Temer já tinha registrado a debandada da ala carioca, com seis baixas na Câmara, e agora pode perder todos os parlamentares paraibanos também. Com a saída de Lira, já são 11 parlamentares confirmando saída do partido.
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Além do senador, o deputado André Amaral e Veneziano Vital do Rêgo já deixaram a sigla oficialmente. Enquanto Amaral migrou para o Pros, Veneziano deve ir para o Podemos. Já o terceiro e último deputado do MBD da Paraíba, Hugo Motta também deve deixar a sigla, mas não se manifestou sobre a saída até a última atualização desta reportagem. Especula-se que ele se filiará ao PRB.
A expectativa no início deste período em que os parlamentares podem trocar de partido sem punições era de que o número de saídas se igualasse ao de novas filiações. Até a última atualização desta reportagem, apenas uma filiação parlamentar foi anunciada: a do vice-líder do governo Beto Mansur (SP), oficializada hoje.
O MDB, entretanto, anunciou com pompa e com direito a jingle nesta terça o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que trabalha desde o fim do ano passado para tentar viabilizar sua candidatura à Presidência da República. Agora, com a filiação ao MDB, Meirelles pode ser vice de Michel Temer, que também já anunciou intenção de concorrer e tenta ganhar musculatura.
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