A bancada do PMDB se reuniu nesta terça-feira (4) e escolheu o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) como novo líder do partido no Senado. Presidente da comissão especial que analisou o pedido de impeachment de Dilma Rousseff no Senado, Lira já era o favorito ao posto, como este site mostrou na semana passada.
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Depois de meses de posicionamentos contrários ao governo de Temer, Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou na última quarta-feira (28), em plenário, que não seria mais líder do partido. Agora, Lira terá de lidar com uma bancada dividida, com senadores como o próprio Renan, Eduardo Braga (AM), Kátia Abreu (TO), Roberto Requião (PR) e Hélio José (DF) francamente contrários às principais reformas do governo.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou a escolha de Lira em sua conta no Twitter. Nas postagens, Jucá afirmou que a reunião foi “positiva” e mostrou “a força e a união da bancada” peemedebista, que deu “um passo na direção de votarmos projetos.”
Um dia antes de anunciar que deixaria o posto de líder do partido na Casa, Renan fez duras críticas ao governo de Temer e às reformas tocadas pelo Planalto e sua base aliada. Além de dizer que Temer governava o país “com presidiário de Curitiba”, em referência ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba desde outubro do ano passado, Renan ainda afirmou que o correligionário não “tem qualquer legitimidade para comandar o país”.
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