Leia também
Feldman foi um dos principais auxiliares da ex-senadora Marina Silva na criação da Rede Sustentabilidade, partido que não conseguiu o registro de funcionamento no TSE em outubro passado. Sem o registro da Rede para concorrer nas eleições de 2014, parlamentares que apoiavam a empreitada de Marina Silva tomaram outros destinos. Miro Teixeira (RJ) deixou o PDT e entrou no Solidariedade. Mesmo destino teve Domingos Dutra (MA) ao se desfiliar do PT.
Enquanto Reguffe (PDT-DF) permaneceu no partido, Alfredo Sirkis (ex-PV-RJ) e Feldman entraram no PSB junto com Marina. “Sentindo-me com dever cumprido com o antigo partido e com a conduta ética ao entregar o mandato, deparo-me agora com a questão legal. Diante da posição da Procuradoria, não apresentarei nenhum recurso e recoloco novamente o meu mandato à disposição do PSDB. Não há como mudar o caminho, temos que encontrar uma nova forma de caminhar”, disse na nota.
O ex-tucano está no mandato por conta do afastamento do titular, Rodrigo Garcia (DEM-SP), secretário de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, e do suplente, Silvio Torres (PSDB-SP), secretário de Habitação do governo paulista. Feldman teve a mesma atitude quando ajudava na criação da Rede. No entanto, um acordo feito com os presidentes nacional do PSDB, Aécio Neves, e estadual, Duarte Nogueira, garantiu que o cargo não seria cobrado na Justiça.
Leia a íntegra da nota:
“São Paulo, 28 de novembro de 2013.
PublicidadeNOTA
Em virtude do pedido pela Procuradoria Geral da República pela perda dos mandatos dos parlamentares que trocaram de partidos, esclareço:
Depois de 25 anos no PSDB, partido o qual fui um dos fundadores, decidi que era à hora de uma mudança na política nacional, dedicando-me assim à criação da Rede Sustentabilidade.
Com a recusa do registro pela Justiça Eleitoral, Marina Silva, eu e outros companheiros optamos pela filiação ao PSB. Imediatamente coloquei à disposição do PSDB, através dos líderes na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio e Duarte Nogueira, o meu mandato, para o qual fui eleitor democraticamente pelo voto popular, sendo por eles recusado.
Sentindo-me com dever cumprido com o antigo partido e com a conduta ética ao entregar o mandato, deparo-me agora com a questão legal. Diante da posição da Procuradoria, não apresentarei nenhum recurso e recoloco novamente o meu mandato à disposição do PSDB. Não há como mudar o caminho, temos que encontrar uma nova forma de caminhar.
WALTER FELDMAN
Deputado Federal – PSB /SP”