O presidente do PPS e candidato do partido à sucessão presidencial, deputado Roberto Freire (PE), afirmou hoje que a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa foi uma “ação de governo”. Ele responsabilizou o presidente Lula pelo crime.
Segundo Freire, com a revelação da participação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, na quebra do sigilo supostamente armada pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, com a ajuda do ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso, ficaria evidenciada a “ação de governo”.
“Se foi uma ação de governo, o responsável por tudo isso é Lula. Se não, vamos definitivamente colocá-lo na galeria dos mamulengos”, disse Freire.
Segundo reportagem da revista Veja desta semana, Bastos teria participado, no dia 23 de março, de reunião na residência oficial do ex-ministro da Fazenda, com a presença de Mattoso, para orientar os dois sobre o teor de seus depoimentos à Polícia Federal. Palocci e Mattoso são apontados pela PF como os mentores da quebra de sigilo do caseiro.
Para Freire, “não foi um problema restrito ao Palocci, que estava sendo desmentido”. Segundo o deputado, o fato deve possibilitar que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), aliada a outras entidades responsáveis, juntem elementos para a proposição de um pedido de impeachment.
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