A Câmara já registra quase 80 mudanças desde o início da chamada janela partidária (8 de março), prazo para que os congressistas troquem de partidos sem risco de punições. No levantamento De acordo com levantamento do Congresso em Foco atualizado até o final da noite desta sexta-feira (6), eram 78 as mudanças contabilizadas pela reportagem na data-limite para as trocas (7 de abril).
Entre quinta e sexta-feira, últimos dias da janela, foram registradas pelo menos 20 trocas. Na quarta-feira (4), o Partido Progressista (PP) ganhou mais seis deputados e passou a ter mais de 50 parlamentares na Câmara. Átila Lins (AM), Alfredo Kaefer (PR), Osmar Serraglio (PR), Arnaldo Faria de Sá (SP), Evair Vieira de Melo (ES) e Laércio Oliveira (SE) se filiaram oficialmente ao PP, que chegou a ser a segunda maior bancada na Câmara, com 53 deputados, mas acabou perdendo o posto para o MDB após as novas atualizações. Segundo a mais recente atualização de nosso levantamento, o MDB tem agora 55 deputados.
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Veja a relação, por estado:
Desgastado em alguns estados, o MDB quase perdeu o título de maior bancada na Câmara com uma verdadeira debandada de seus deputados durante o mês. Foram 14 saídas, a maioria do Rio de Janeiro, como este site adiantou. Nos últimos dias de janela, o MDB conseguiu diminuir o estrago das semanas anteriores e filiou sete nomes até a última atualização desta reportagem.
É do PSB o segundo maior prejuízo numérico durante a janela de 2018. São 10 defecções contabilizadas até agora na bancada. Os deputados Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR) inauguraram o período de mudanças partidárias e foram os primeiros a migrar para o partido, que ganhou Elizeu Dionízio (MS) e Veneziano Vital do Rêgo (PB) nos últimos dias. O PSB também filiou nesta sexta-feira (6) filiou o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Nacionalmente conhecido a partir do mensalão do PT, escândalo que atingiu a cúpula do partido em 2005, o magistrado pode ser candidato do partido à Presidência da República neste ano.
Já os partidos que conseguiram inflar suas bancadas foram DEM, com 11 entradas e uma saída; PP, com oito novos deputados; e PSL, com nove adesões e duas baixas, saldo de sete novos acréscimos às suas fileiras.
Fluminenses lideram
Na contabilidade por estado, os deputados do Rio de Janeiro foram os que mais trocaram de partido. Pelo menos 18 deles, equivalente a mais de um terço dos 46 representantes do estado, migraram de sigla nos últimos dias.
Em seguida aparecem os deputados de Minas Gerais (9 trocas) e São Paulo (9 trocas). São Paulo, Minas e Rio são as três maiores bancadas na Câmara (elegendo 70, 53 e 46 deputados, respectivamente).
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