Entre os lesados, estão os deputados Givaldo Carimbão (PSB-SE) e a senadora Ana Amélia (PP-RS) – no caso da parlamentar gaúcha, uma ligação foi feita em nome do colega Benedito de Lira (PP-AL) pedindo ajuda. A senadora acreditou na história e depositou R$ 1,2 mil em uma conta bancária de terceiros.
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Os golpes, segundos investigações preliminares, totalizaram R$ 20 mil. Nesta quarta-feira (6), a Polícia do Senado anunciou que vai indiciar o grupo por formação de quadrilha e estelionato – penas de um a três anos e de um a cinco anos de prisão, respectivamente. Mas, uma vez condenados, eles podem ser obrigados a prestar serviços comunitários, uma vez que os crimes são considerados de baixo potencial ofensivo. Os integrantes da quadrilha não foram presos, segundo a polícia, porque não foram pegos em flagrante.
O modus operandi do grupo já é velho conhecido de investigadores e agentes de segurança. Dizendo estar a serviço de um colega do senador ou deputado em questão, eles relatavam situações de emergência em busca de ajuda financeira, como carros com problemas mecânicos no interior do Brasil. Sensibilizado, o gabinete ou o parlamentar acionado fazia a transferência de dinheiro na conta fornecida pelos golpistas. Depois de detectado o golpe, agentes das polícias legislativas passaram a alertar, por e-mail e telefone, todo os parlamentares.
As investigações estão quase concluídas. O inquérito tramita sigilosamente. As polícias querem descobrir agora como os fraudadores conseguiram os números dos telefones dos parlamentares, entre outros detalhes da prática criminosa. O caso deverá ser remetido à Justiça de Sergipe ou Alagoas. Lá, o Ministério Público estadual poderá oferecer denúncia contra os suspeitos. Se a denúncia for aceita pela Justiça, eles se tornarão réus em processo criminal.
Publicidade“Eles serão indiciados por formação de quadrilha e estelionato”, disse o diretor da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Carvalho, ao Congresso em Foco. O golpe não é novo. Na Câmara, ao menos um deputado de oposição pagou R$ 1 mil, há alguns meses, a uma pessoa que se apresentava como prestador de serviços de um aliado político.