A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores divulgou uma nota, em que diz que as denúncias contra Fernando Haddad são falsas e que o partido vai apresentar uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público para responsabilizar a ação partidária e política de membro do MPSP.
Ontem, o Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de São Paulo e vice na chapa de Lula. O promotor Wilson Tafner pede a condenação de Haddad por enriquecimento ilícito, o bloqueio de bens, o ressarcimento do dano causado e a suspensão dos seus direitos políticos e de outras seis pessoas.
Em nota, o Partido dos Trabalhadores disse que os adversários de Lula e Haddad apelam para o “tapetão judicial” para fazer “escândalo na mídia”.
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De acordo com o PT, a denúncia apresentada é “tão falsa, irresponsável e facciosa quanto as que foram apresentadas por outros membros do MPSP contra o presidente Lula”.
“Este é o método dos que pretendem chegar ao poder sem ter voto: manipular setores do sistema judicial, com a cumplicidade da imprensa, para tentar impedir que os candidatos do povo se apresentem nas eleições. Já esperávamos por esse tipo de manobra, principalmente depois das últimas pesquisas que mostram a possibilidade de Lula vencer no primeiro turno”, disse o partido em nota.
A ação contra o ex-prefeito paulistano tem base nos depoimentos de dois ex-executivos da UTC Engenharia. Ricardo Pessoa e Waldir Pinheiros disseram que pagaram, em 2013, dívida de campanha de Haddad no valor de R$ 2,6 milhões com duas gráficas por meio do doleiro Alberto Youssef e a pedido do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
PublicidadeLeia a íntegra da nota do PT:
A união dos sem votos contra Lula e Haddad
Incapazes de convencer pelas propostas e de vencer através do voto, os adversários da chapa Lula-Haddad e do povo brasileiro apelam mais uma vez para o tapetão judicial, com acusações sem provas para fazer escândalo na mídia.
O último ataque do Ministério Público de São Paulo ao vice Fernando Haddad é mais uma prova de que setores da instituição são politicamente comprometidos com o PSDB, partido que sustenta o governo golpista de Temer e que vem de quatro derrotas seguidas nas urnas.
A denúncia apresentada ontem (27) contra o ex-prefeito é tão falsa, irresponsável e facciosa quanto as que foram apresentadas por outros membros do MPSP contra o presidente Lula – e que mesmo provocando uma onda de publicidade negativa acabaram rejeitadas pela Justiça.
Além de defender a inocência do nosso candidato a vice-presidente, falsamente acusado em plena campanha eleitoral, o Partido dos Trabalhadores vai apresentar mais uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público para responsabilizar a ação partidária e política de membro do MPSP.
Este é o método dos que pretendem chegar ao poder sem ter voto: manipular setores dos sistema judicial, com a cumplicidade da imprensa, para tentar impedir que os candidatos do povo se apresentem nas eleições. Já esperávamos por esse tipo de manobra, principalmente depois das últimas pesquisas que mostram a possibilidade de Lula vencer no primeiro turno.
Não bastaram a prisão injusta do Lula, a exclusão de debates e do noticiário, o rol de julgamentos e medidas de exceção contra Lula para tentar tirá-lo das eleições.
A ação do MPSP é complemento do golpe contra o povo brasileiro. Querem privá-lo dos meios democráticos para mudar a situação. Querem perpetuar o desemprego e a perda de direitos, querem elevar ao máximo os lucros extraordinários e os privilégios. Querem roubar a esperança do povo.
Contra toda fraude judicial, contra a mentira da imprensa golpista, contra a retirada dos direitos, nosso povo reage bravamente e declara voto em Lula e Haddad em escala crescente que assombra os poderosos.
Está chegando a hora da virada!
Lutamos sempre em condições duras e desfavoráveis, como é a luta do povo contra o sistema de poder dos ricos. Quanto maior o desespero dos poderosos, maior a certeza que estamos no caminho da Justiça e da democracia.
Venceremos!
São Paulo, 28 de agosto de 2018
Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores