O diretório nacional do PT aprovou hoje, por unanimidade (60 votos) uma resolução que proíbe militantes em atraso com sua contribuição ao partido de ocuparem cargos de confiança e de participar de eventos e reuniões “com poder decisório”. A cúpula partidária também decidiu mudar a forma dos militantes contribuírem com o partido, com o objetivo de aumentar o total arrecadado. O partido tem uma dívida declarada de R$ 45 milhões.
Segundo o PT, há 701 contribuintes em dia com a sigla em cargos eletivos ou de confiança no Legislativo e 974 no Executivo. A própria secretaria de Finanças do PT admite que o número de devedores ainda é alto e que aproximadamente 1000 militantes em cargos comissionados estariam em atraso.
A contribuição ao PT é proporcional ao salário do filiado, variando de 2% a 20%. O militante se encaixa em um dessas faixas de acordo com o total de salários mínimos que ganha. O reajuste do salário mínimo nos últimos anos, no entanto, causou um problema para o partido, já que, na prática, um militante do partido que esteja no governo, por exemplo, passou a ganhar mais só que permaneceu na mesma faixa de contribuição ao partido.
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O diretório pretende criar novas faixas de contribuição para os militante e reajustar, na prática, sua “tabela de contribuição”. O PT realiza sua convenção nacional amanhã, quando anuncia a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em “dobradinha” com o vice-presidente José Alencar.