O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) iniciou hoje (20) pela manhã uma reunião para discutir a conjuntura política do país e a reforma política, ponto que provoca divergências entre os integrantes da legenda. No entanto, a reeleição não foi discutida pelos petistas (leia mais). O encontro, na nova sede nacional do partido, em Brasília, vai até amanhã.
De acordo com o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), a reeleição não entrou em pauta devido ao assunto não ser "prioritário". (leia mais)
Pela manhã, o ministro da Educação, Fernando Haddad, fez palestra sobre o chamado PAC da Educação, o plano de desenvolvimento do setor. Ele respondeu a dúvidas sobre o programa. Nesta tarde, em reunião fechada à imprensa, o presidente Ricardo Berzoini discute com dirigentes o atual contexto político.
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Essa, contudo, é a agenda oficial. Também será discutida a distribuição de cargos no segundo escalão do governo e o posicionamento do partido em relação a uma eventual criação da CPI do Apagão Aéreo, seja no Senado, onde já há um requerimento de criação, seja na Câmara, sobre a qual o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar na próxima quarta-feira (25) um mandado sobre a possível criação da comissão parlamentar.
A nova sede nacional do PT, instalada em três andares de um edifíco do Setor Comercial Sul, em Brasília, substituirá a de São Paulo, que ocupa cinco andares em um edifício central. Segundo o partido, o local será trocado por outro mais modesto. O secretário de Finanças do PT, Paulo Ferreira, explicou que a mudança vai ajudar a aliviar o caixa do partido, já que a maioria dos integrantes do diretório nacional mora em Brasília. A legenda, portanto, não precisará pagar transporte e moradia, o que acontecia nas reuniões em São Paulo.
Segundo números divulgados no site do PT, a reforma do prédio da nova sede custou R$ 600 mil e o aluguel tem custo mensal de R$ 22 mil. O prédio em São Paulo custa aos cofres do partido, por mês, R$ 16 mil.
Paulo Ferreira afirmou que fez as contas e que o partido deve R$ 48 milhões – grande parte dessa dívida vem da eleição de Lula em 2002 e foi amplamente divulgada quando estourou o escândalo do mensalão, em 2005. Segundo ele, a legenda tenta renegociar o débito com os bancos BMG e Rural. O secretário de Finanças também disse que, na tentativa de recuperar as contas, o PT vai cobrar o dízimo de filiados que ocupam cargos no governo e que estão inadimplentes – estima-se que sejam mais de quatro mil pessoas. (Lucas Ferraz)
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