Entre os pontos da reforma política que o Diretório Nacional do PT discute nesta tarde, na nova sede do partido, em Brasília, não está a reeleição. Quem garante é o secretário-adjunto geral da legenda, Joaquim Soriano.
"Não que seja um assunto que não tenha importância, ele apenas não foi pautado", disse. Nos últimos dias, noticiou-se que lideranças do PT e PSDB se reuniram para discutir sobre o fim da reeleição, aumentando o mandato de quatro para cinco anos.
Sobre a reforma política, o partido defende itens como o voto em lista preordenada, com igualdade de número entre homens e mulheres, o financiamento público de campanha, a fidelidade partidária, além da cláusula de barreira. Mas, segundo Joaquim Soriano, "os assuntos foram discutidos de maneira genérica, sem o aprofundamento em nenhum aspecto".
Foram discutidas também formas de a população ter maior controle social e sobre a democracia direta, por meio de referendos e plebiscitos. Mas o secretário-adjunto da legenda garante que nada foi aprofundado. Um documento da reunião será divulgado mais tarde.
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Amanhã, quando termina a reunião do Diretório Nacional, o tema principal será as finanças do partido, um dos pontos mais sensíveis e polêmicos. Também será discutido o Congresso Nacional do PT, que ocorre em agosto, quando deve ser feita a escolha do futuro presidente da legenda, que substituirá o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP).
Setenta e três dos 84 delegados do PT participam da reunião, além de deputados e militantes. Entre os ministros, estão (ou já estiveram) presentes Luiz Dulci (Secretaria-Geral), Marta Suplicy (Turismo), Paulo Bernardo (Planejamento) e Fernando Haddad (Educação). (Lucas Ferraz)