Os próximos dias serão decisivos para Efraim Morais (DEM-PB), primeiro-secretário do Senado. Segundo a líder do PT na Casa, Ideli Salvatti (SC), há uma tendência entre os senadores da legenda em requerer o afastamento temporário de Efraim do cargo administrativo. As informações são da Agência Brasil.
Responsável pelos contratos firmados entre prestadores de serviço e o Senado, Efraim é acusado de participação em esquema de fraudes em licitações sob a responsabilidade da administração da Casa. O caso está sob investigação do Ministério Público, com informações obtidas pela Polícia Federal.
Por outro lado, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), já delegou ao corregedor-geral da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP), a elaboração de um relatório sobre a situação de Efraim segundo a investigação em curso. Na semana passada, Tuma anunciou que se reuniria hoje (26) com o juiz responsável pelo caso, José Airton de Aguiar Portela (12ª Vara do Tribunal Regional Federal do Distrito Federal). Além disso, Tuma disse que poderia ouvir o lobista que, segundo a PF, teria livre acesso ao gabinete do primeiro-secretário, e foi acusado como o articulador de Efraim nos processos licitatórios.
Leia também
De acordo com Ideli, os parlamentares petistas vêem como “imprescindível” o afastamento temporário de Efraim na Mesa Diretora. Para eles, o senador deve primeiro provar sua inocência para então continuar à frente da primeira-secretaria.
Diante da pressão petista, o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), disse que o partido vai esperar o relatório a ser apresentado por Romeu Tuma e, caso haja qualquer menção ou restrição a Efraim no documento, "tomará a iniciativa de pedir licença até que o fato esteja completamente apurado". (Fábio Góis)
Leia também:
Lobista acusado pela PF deu procuração para Efraim