A bancada do PT na Câmara, a segunda maior da Casa, vai propor um reajuste de 30% para o salário dos parlamentares, que subiriam dos atuais R$ 12.847 (estabelecidos no final de 2002) para R$ 16.700. Caso seja aprovada, a medida provocará um impacto anual de cerca de R$ 30 milhões no orçamento da Câmara.
Segundo o líder do PT, Henrique Fontana (RS), a proposta é um meio-termo entre a equiparação com os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal – que dobraria os vencimentos, elevando-os para R$ 24.500 – e a necessidade dos parlamentares.
"Somos contra a equiparação com o Supremo, mas deve haver uma reposição justa. Não podemos ser hipócritas", disse o deputado. A avaliação da base do governo é de que é impossível um reajuste real muito grande no momento em que Lula quer conter despesas com o salário mínimo.
Caberá à Mesa diretora da Câmara decidir sobre o reajuste. Caso os parlamentares federais recebam aprovem o reajuste, esse aumento terá impacto não apenas nas contas da Câmara e do Senado, mas também nos cofres das assembléias legislativas e das câmaras municipais. O deputado estadual pode receber até 75% do salário do federal e sua remuneração exerce a mesma influência sobre os ganhos dos vereadores.
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