A campanha do presidente Lula afirma, em nota, que a oposição está "criando um clima de instabilidade no processo eleitoral que pode levar à tentativa de ‘fraudar a vontade popular’, quando mobiliza a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras instituições, contra a Polícia Federal no caso da compra do dossiê contra políticos do PSDB.
Leia a íntegra da nota do PT
Oposição tenta mirar em Lula e acerta na democracia, denuncia campanha Lula
Coordenação da campanha diz que irá para a ofensiva contra a tentativa de adversários de vencer "no tapetão"
A coordenação da campanha Lula denunciou hoje uma manobra da oposição que coloca em risco as instituições democráticas brasileiras. Ao tentar mobilizar a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e outras instituições contra a Polícia Federal – se utilizando, para isso, de informações falsas e fatos requentados – os adversários políticos de Lula estão criando um clima de instabilidade no processo eleitoral que pode levar à tentativa de "fraudar a vontade popular".
A denúncia foi feita pelo coordenador-geral da campanha Lula, Marco Aurélio Garcia, e pelos governadores eleitos pelo PT, Jaques Wagner (Bahia) e Marcelo Déda (Sergipe), em entrevista coletiva à imprensa nesta segunda-feira, em Brasília. "O fato objetivo é que a oposição está tentando mirar no presidente Lula e está acertando na democracia brasileira", acusou Déda.
Parte dessa operação foi desencadeada pela revista Veja, que, na edição desta semana, requentou informações – a maioria delas fantasiosas, sem nenhuma base na realidade -, para animar setores da oposição a retomar acusações levianas contra a candidatura Lula. Utilizando-se dessas "informações", representantes de partidos de oposição se reuniram nesta segunda-feira para traçar estratégia contra a Polícia Federal, tentando envolver o Congresso, o Judiciário e a OAB em tal manobra.
"Eles estão envolvendo a OAB não para colaborar com um processo democrático, mas para colocá-la em rota de choque com outra instituição democrática, que é a PF, sem nenhum dado ou prova. Sem nenhum fato objetivo", disse o governador eleito de Sergipe, para quem a oposição está sofrendo de "pesquisite aguda" ? uma síndrome que às vezes acomete os políticos que estão diante de pesquisas que lhe são amplamente desfavoráveis, explicou Déda. "O PSDB, o PFL e os seus aliados estão agora vivendo um caso clássico dessa patologia política."
Segundo Marco Aurélio Garcia, a campanha não aceitará passivamente a tentativa de setores da oposição de "vencer no tapetão" e atuará para preservar a vontade popular. Ele ressaltou que todas as investigações necessárias estão sendo feitas. "Não se pode lançar um manto sobre as instituições da República para tentar mirar contra essas próprias instituições e fraudar a vontade popular. Esta posição passará", afirmou.
Para marcar um posicionamento claro da campanha, o coordenador reunirá nesta terça-feira, às 9h, representantes dos partidos coligados e aliados, em Brasília. Por seu lado, os governadores petistas recém-eleitos também farão conversas com os demais governadores – sejam da situação ou da oposição – para alertar sobre o risco dessa manobra perigosa.
Jaques Wagner anunciou que procurará outros governadores, inclusive José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). "Quem é governador eleito quer pensar após 29 de outubro. Quer pensar na estabilidade democrática e na governabilidade do país. Por isso, vamos convocar outros companheiros já eleitos no primeiro turno. Vou procurar Serra e Aécio, sim, para saber se o país que eles querem receber é o país que eles estão produzindo com esse grau de suspeição sobre tudo e sobre todos. Isso é uma irresponsabilidade. É leviandade, oportunismo, desespero eleitoreiro do PSDB e PFL pegar o patrimônio de uma Nação, que é exemplo de processo eleitoral do mundo inteiro, e querer levantar lebre para tentar virar o jogo e ganhar na mão grande. Na mão grande, não vão ganhar", disse Jaques Wagner.
Ações judiciais
Marco Aurélio Garcia anunciou que autorizou o departamento jurídico da campanha a tomar as medidas cabíveis contra reportagens da revista Veja desta semana – "que serão muitas", segundo Garcia, inclusive contra ele próprio, caracterizado como "Bin Laden" pela revista.
Assessoria de imprensa
Campanha da coligação A Força do Povo
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