A liderança do PT na Câmara indicou nesta terça-feira os deputados Antonio Carlos Biscaia (RJ), Nelson Pellegrino (BA) e Paulo Rubem Santiago (PE) para ocupar as vagas do partido na CPI das Sanguessugas. Os petistas devem ficar com a presidência e o nome mais cotado para assumi-la é o de Biscaia. O parlamentar tem o apoio do PPS, PV e PSOL, que pediram a CPI.
Biscaia não chega a ser unanimidade entre os petistas porque não é dos quadros mais governistas do partido. Porém, deixou claro aos correligionários que promete não decepcionar caso assuma a presidência da comissão. A base aliada teme que a CPI, às vésperas da campanha eleitoral, torne-se um palanque eleitoral para a oposição. Por isso, querem um aliado capaz de conter os ânimos adversários.
O PMDB do Senado, que deverá ter a relatoria, indicou os senadores Amir Lando (RO), Wellington Salgado (MG), Gilvan Borges (AP) e Valdir Raupp (RO). Ainda não está definido quem será o indicado. O bloco PSDB/PFL ainda tenta conseguir a relatoria, alegando que tem mais senadores do que o PMDB. A disputa deverá ser no voto.
Os tucanos indicaram o senador Arthur Virgílio (AM), Sérgio Guerra (PE) e Juvêncio da Fonseca. O PFL apontou os senadores Demóstenes Torres (GO), Romeu Tuma (SP), Efraim Morais (PB) e Paulo Octávio (DF).
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Se conseguir a prerrogativa de indicar o relator, no entanto, o bloco deve apoiar o nome do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos que subscreveram o requerimento da CPI. Essa também seria uma forma de livrar os parlamentares pefelistas e tucanos do desgastante trabalho da relatoria em pleno período eleitoral.
O PSOL, que não teria direito à indicação, fez um acordo com o PRB e vai ficar com a vaga. A senadora Heloísa Helena (AL) será a representate do partido. No Senado ainda falta indicar nomes o PDT, PC do B. Na Câmara, PMDB, PFL, PP, PL e PC do B. Se não nomearem seus representates até hoje, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fará a indicação.