O Partido dos Trabalhadores decidiu enterrar a discussão de prévias e confirmou hoje a indicação do ministro da Educação, Fernando Haddad, como seu candidato à prefeitura de São Paulo. Os deputados Jilmar Tatto (PT-SP) e Carlos Zarattini (PT-SP), únicos pré-candidatos que resistiam, abriram mão da disputa. A candidatura de Haddad representa uma vitória do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff, principais fiadores do ministro da Educação.
Antes de Tatto e Zarattini, os senadores Eduardo Suplicy e Marta Suplicy já haviam renunciado à pré-candidatura na semana passada. O ministro agradeceu o apoio dado pelos colegas de partido e disse que trabalhará agora para conseguir o apoio de partidos aliados.
Segundo ele, sua candidatura é fruto de “uma maioria estável”. “Vamos compor uma direção de campanha apta a competir em condições de vencer. Temos condições de vencer com a experiência acumulada já no terceiro mandato no governo federal. Agradeço em meu nome todos os que me apoiaram na primeira hora e todos os que estão me apoiando agora”, declarou. Haddad afirmou que ainda vai conversar com Dilma para definir o melhor momento para deixar o ministério.
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Após abrirem mão da corrida eleitoral, os dois deputados devem ser recompensados: Tatto deve assumir a liderança do PT na Câmara em 2013, e Zarattini deve relatar o orçamento já no próximo ano.
O ex-prefeito e ex-governador José Serra (PSDB), que perdeu a disputa presidencial para Dilma no ano passado, disse hoje que não pretende concorrer à prefeitura de São Paulo. Serra afirmou que está preocupado agora com a “questão brasileira”. “Minhas questões são com relação ao Brasil. Estou focado é na questão brasileira, não municipal”, declarou. Ele defendeu a realização de prévias entre os quatro tucanos que cobiçam a administração da maior cidade do país.