Renata Camargo
O Psol entrará hoje (29) com mais uma representação no Conselho de Ética contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Na representação, o partido pede que seja investigada a denúncia de que um financiamento de R$ 1,3 milhões para a Fundação Sarney, feito junto à Petrobras por meio do Ministério da Cultura, tenha sido desviado para outros fins, para empresas de parentes e amigos.
Na representação, o partido incluirá também um pedido para que sejam apuradas as denúncias de omissão de duas casas de Sarney nas declarações na Justiça Eleitoral. “A pouca ou relativa transparência do patrimônio de agente político José Sarney levanta suspeita de incorreção, de imoralidade e de antiética em tais condutas omissivas. Necessária, pois, a investigação aprofundada acerca das razões e das consequências de relevantes omissões nas informações patrimoniais à Justiça Eleitoral”, diz o documento.
Segundo a assessoria do partido, o Psol estuda ainda incluir na representação contra Sarney a respeito dos atos secretos, que foi protocolada em junho junto ao Conselho de Ética, as gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Boi Barrica. “Essas gravações mostram que a representação sobre os atos secretos foi justa. Vou lutar incansavelmente para isso não acabar em pizza e todos os culpados serem punidos”, considerou o senador José Nery.
Essa será a quinta representação de partidos contra o presidente do Senado junto ao Conselho de Ética decorrente de recentes denúncias envolvendo o senador peemedebista. Na tarde de ontem (28), o PSDB entrou com três representações por quebra de decoro parlamentar contra Sarney. Segundo o presidente do partido tucano, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), o devido encaminhamento das denúncias ao Conselho de Ética é a única saída para a crise que se instalou no Senado.
Leia aqui a íntegra da nova representação do Psol
Deixe um comentário