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Na peça de TV, um casal e seus dois filhos – um deles ainda bebê – se abrigam de uma tempestade sob o mesmo guarda-chuva, enquanto um narrador, com voz soturna, elenca o que seriam as ações do governo contra o cidadão brasileiro. Citando as medidas do ajuste fiscal posto em campo pela equipe econômica, o texto tenta demonstrar uma falta de sensibilidade, por parte da gestão petista, em relação ao trabalhador.
Essa ideia de crueldade recorre a clichês como a chuva renitente e as expressões faciais de sofrimento dos personagens. No caso do PSDB, quando a narração fica ainda mais dramática, o “vilão” (leia-se, governo) entra em cena quando um braço – coberto por manga de terno e camisa social, conotando a ideia de traje de burocratas – retira o guarda-chuva da mão do homem, deixando a família na chuva. A mensagem, segundo as pretensões do PSDB: o governo Dilma abandona o povo à própria sorte.
“Economia parando. Preços subindo. Desemprego aumentando. E justo agora, quando você mais precisa, o governo aumenta os impostos, a luz, os juros, a gasolina, e quer cortar o seguro-desemprego. Quando você mais precisa, o governo quer que você pague a conta dos erros que ele cometeu. Chega”, diz o filmete de 30 segundos, com notas de piano, em tom de luto, como fundo musical.Dirigido pelo argentino Guillermo Raffo, que atuou na campanha presidencial do tucano Aécio Neves no ano passado, o vídeo será exibido amanhã (domingo, 10), das 19h30 às 22h, e nos dias 17 e 24 de maio, cinco vezes por dia e em todas as emissoras de televisão aberta. Em 19 de maio, o PSDB veicula seu programa semestral em rede de rádio e TV, com dez minutos de duração. O “vídeo do medo” tucano deve ser reaproveitado no programa partidário.