Dono de uma bancada de 46 deputados, o PSDB decidiu, na manhã desta quarta-feira (2), votar a favor do prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer. A decisão é revés para o presidente, que esperava contar com o apoio dos tucanos, que ocupam cinco ministérios. É certo, porém, que haverá dissidências. Além de ministros, também deve votar contra o andamento da denúncia o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), autor do parecer que recomenda o arquivamento do pedido da Procuradoria-Geral da República. Ele foi o primeiro a discursar na sessão de hoje e fez defesa enfática de Temer e seu governo.
O líder do partido na Câmara, Ricardo Trípoli (PSDB-SP), disse que a orientação será pela continuidade das investigações, mas quem votar contra essas posição não será punido. Apesar de orientar o voto contrário a Temer, ideia dos tucanos é liberar cada parlamentar para votar como quiser.
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O apoio a Temer tem dividido o PSDB. Parlamentares mais jovens e o presidente interino, senador Tasso Jereissati (CE), defendem o rompimento com o governo e a entrega dos cargos. Já o presidente afastado, Aécio Neves (MG), e a mais veterana defendem a continuidade da aliança. O partido é considerado aliado de Temer no Congresso. Atualmente o PSDB ocupa quatro ministérios: Cidades, Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos.
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