O Partido da Social Democracia (PSD) vai estrear na próxima quarta-feira (26) como a terceira maior bancada da Câmara. Levantamento do Congresso em Foco mostra que o partido recém fundado terá 48 deputados no exercício do mandato. Na conta, não entram os parlamentares que hoje estão licenciados e os suplentes.
A análise das filiações fornecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e por políticos do PSD revela que PT e PMDB permanecem como as duas maiores bancadas da Câmara. Enquanto nenhum petista até agora trocou de partido, dois peemedebistas anunciaram que se tornaram pessedistas. São eles: Átila Lins (PMDB-AM), que disputou uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), e Thiago Peixoto (PMDB-GO).
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Os 48 deputados no exercício do mandato são suficientes para elevar o PSD já para a terceira maior bancada. Abaixo dele, mantém suas posições PR e PP. O DEM, que antes tinha o quarto maior número de deputados, desce para a oitava posição. Por conta dessa dança de cadeiras, já existe uma movimentação para o novo partido assumir um cargo na Mesa Diretora da Câmara neste biênio.
“Ainda é cedo para dizer alguma coisa sobre o PSD. Primeiro, precisamos saber qual é o tamanho do partido”, afirmou o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), na última quinta-feira (20). Pelo número de deputados é definido desde a quantidade de cargos e assessores até o número de destaques que podem ser apresentadas a um projeto.
Como o Congresso em Foco revela, a criação do PSD atingiu em cheio a oposição. Os dois partidos que mais perderam deputados foram o DEM (16 no exercício do mandato, três licenciados) e o PSDB, com quatro. Os tucanos, PR – hoje considerado independente – e o PP, da base, perdem quatro parlamentares cada um. Partidos com menores bancadas, como PSC, PPS e PMN, vão ficar com três deputados a menos.
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Líder do DEM na Câmara na legislatura passada, o deputado Paulo Bornhausen (SC) decidiu mudar de partido depois de ter perdido parte de seu prestígio político junto à cúpula partidária. Filho do ex-senador Jorge Bornhausen (SC), que presidiu o DEM entre 2007 e 2010, é o atual secretário de Desenvolvimento Econômico do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. O chefe do Executivo estadual também trocou o DEM pela sigla recém criada.
Já o deputado Reinhold Stephanes (PR) deixou o PMDB após ter sido preterido para ocupar o cargo de ministro da Agricultura. Stephanes criticou o ex-partido afirmando na época que foram suas “virtudes éticas e morais” as responsáveis pelo veto da cúpula do PMDB para ser ministro. O parlamentar paranaense comandou a pasta entre 2007 e 2010. Para ele, a cúpula do PMDB é marcada pela “burrice e incapacidade” de gestão.
O PSD também levou para o seu quadro o deputado mais rico da Casa. João Lyra, de Alagoas, tem uma fortuna declarada de R$ 240,39 milhões. Atualmente, ele está em seu segundo mandato na Casa, mas já foi senador e é dono de um império que reúne mais de dez grandes empresas no estado, entre as quais usinas sucroalcooleiras, fábrica de fertilizantes, empresas de táxi aéreo, de comunicação e concessionária de veículos.
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Na quarta-feira (19), o TSE começou a divulgar os nomes dos novos filiados aos partidos políticos brasileiros. Do PSD e do PPL (Partido da Pátria Livre) – os novatos – as relações entraram na base de dados somente na sexta-feira (21). De acordo com a assessoria da corte, ocorreu um problema no sistema de informática do tribunal. O programa usado para incluir as listas não reconhecia o partido recém-criado. A partir destes dados, o Congresso em Foco fez um cruzamento com as atuais bancadas da Câmara, incluindo suplentes e deputados licenciados.
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